Plano de fundo - Pablo Picasso
   "Duas mulheres correndo na praia" - 1922
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  • Ernesto De Fiori

    Tela de Ernesto De Fiori
    Tela de Ernesto De Fiori
    Tela de Ernesto De Fiori

    Telas de Ernesto De Fiori


    Ernesto de Fiori nasceu em Roma na Itália em 12 de dezembro de 1884, pintor e escultor. Aos 19 anos, estudou na Akademie der Bildenden Künste (Academia de Artes) em Munique com Gabriel von Hackl; depois voltou para Roma, onde provavelmente recebeu orientações artísticas do pintor e litógrafo alemão Otto Greiner.

    Incentivado pelas obras de Ferdinand Hodler, foi para Paris para aprimorar sua pintura. Nessa viagem, desistiu de pintar ao ter contato com os trabalhos de Cézanne e Renoir, pois se achou incapaz de alcançar tal grandeza e perfeição. A partir de então, começou a modelar sob a orientação do suíço Hermann Haller, tendo como inspiração Maillol e Degas. Seu trabalho passou também pelo cubismo, mas sem submeter suas obras a tais regras.

    Em 1914 passou a morar em Berlim, onde acabou se naturalizando e lutando na Primeira Guerra Mundial. Acabou por se envolver em discussões sobre os conceitos da arte, principalmente com os dadaístas. Nesse período, sua obra passou a ser valorizada enquanto abandonava a geometrização cubista e começava a preocupar-se com a interação física e mental das figuras.

    Na década de 30 já era considerado um escultor famoso na Europa, mas a constante pressão nazista, fez com que ele se mudasse para o Brasil (em 1936), onde voltou para a pintura e o desenho – sua intenção era combater os abstracionistas, sua abordagem remetia aos pós-impressionistas, mas possuía traços expressionistas – ao mesmo tempo em que continuou sua produção escultórica.

    Foi apresentado, por Mário de Andrade, ao ministro Gustavo Capanema e ao grupo de arquitetos do MEC no Rio de Janeiro, que o convidou para fazer maquetes de esculturas para o novo prédio, porém, mesmo tendo feito uma série de desenhos para este fim, nenhuma obra foi aproveitada, pois os responsáveis pelo prédio consideraram o resultado insatisfatório.

    Seus temas são a figura humana, cenas de batalha, cenas de regatas e a paisagem urbana de São Paulo.

    Mesmo valorizado na Europa, no Brasil De Fiori não foi bem recebido pelos intelectuais e artistas paulistas – apesar de ter tido contato direto com alguns deles e de ter participado das principais exposições dos anos 30 e 40, como: os Salões de Maio, os Salões da Família Artística Paulista e do Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos.

    Seja direta ou indiretamente, sua influência pode ser notada nas obras de muitos artistas brasileiros como Alfredo Volpi, Bruno Giorgi, Joaquim Figueira (com este último, desenhava modelos vivos no ateliê de Giorgi), Gerda Brentani (que foi sua aluna por alguns anos) e Mário Zanini.

    Ernesto De Fiori possui, em suas obras escultóricas, um singularismo aliado aos valores clássicos da expressão humana, através de um diálogo pessoal que predomina em sua pintura.

    Fonte: Pintura Brasileira