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Emiliano Cavalcanti
Telas de Emiliano Cavalcanti
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti nasceu em Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1897 foi um pintor modernista, desenhista, ilustrador e caricaturista brasileiro.
Estudou no Colégio Pio Americano e aprendeu piano com Judith Levy, e começou a trabalhar fazendo ilustrações para a revista Fon-Fon, uma revista que consagrou-se principalmente na caricatura política, na charge social e na pintura de gênero. Em 1916, transferindo-se para São Paulo. O jovem Di Cavalcanti frequentou o ateliê do impressionista George Fischer Elpons e tornou-se amigo de Mário e Oswald de Andrade.
Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922, idealizou e organizou a Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, criando, para essa ocasião, as peças promocionais do evento: catálogo e programa. Fez sua primeira viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Frequentou a Academia Ranson. Expôs em diversas cidades: Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã e Paris. Conheceu Pablo Picasso, Fernand Léger, Matisse, Erik Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses.
Os anos 1930 iniciou suas participações em exposições coletivas e salões nacionais e internacionais, como a International Art Center em Nova Iorque. Em 1932, fundou, em São Paulo, com Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, o Clube dos Artistas Modernos. Em 1937, recebeu medalha de ouro com a decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira, na Exposição de Arte Técnica, em Paris. Com a iminência da Segunda Guerra, deixou Paris e retornou ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Um lote de mais de quarenta obras despachadas da Europa não chegaram ao destino, extraviando-se.
Em 1946 ilustrou livros de Vinícius de Morais, Álvares de Azevedo e Jorge Amado.
Participou com Anita Malfatti e Lasar Segall do júri de premiação de pintura do Grupo dos 19. Expôs na Cidade do México em 1949. Foi convidado e participou da I Bienal Internacional de Arte de São Paulo em 1951. Fez uma doação generosa ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, constituída de mais de quinhentos desenhos. Recebeu a láurea de melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo, prêmio dividido com Alfredo Volpi.
Em 1954, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realizou exposição retrospectiva de seus trabalhos. Fez exposições na Bacia do Prata, a Montevidéu e Buenos Aires. Publicou “Viagem de minha vida”. 1956 foi o ano de sua participação na Bienal de Veneza. Recebeu o I Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Seus trabalhos fizeram parte de exposição itinerante por países europeus.
Recebeu proposta de Oscar Niemeyer para a criação de imagens para tapeçaria a ser instalada no Palácio da Alvorada; também pintou as estações para a via-sacra da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, em Brasília.
Embarcou para Paris mas não assumiu o cargo por causa do Golpe de 1964. Lançou novo livro, “Reminiscências líricas de um perfeito carioca” e desenhou jóias para Lucien Joaillier. Em 1966, seus trabalhos desaparecidos no início da década de 1940 foram localizados nos porões da embaixada brasileira. Candidatou-se a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, mas não se elegeu.
Em 1971, o Museu de Arte Moderna de São Paulo organizou retrospectiva de sua obra. Recebeu prêmio da Associação Brasileira dos Críticos de Arte.
A Universidade Federal da Bahia outorgou-lhe o título de doutor honoris causa. Fez exposição de obras recentes na Bolsa de Arte e sua pintura Cinco Moças de Guaratinguetá foi reproduzida em selo. Faleceu no Rio de Janeiro em 26 de outubro de 1976.Fonte: Wikipedia
Plano de fundo - Pablo Picasso
"Duas mulheres correndo na praia" - 1922
"Duas mulheres correndo na praia" - 1922