Plano de fundo - Pablo Picasso
   "Duas mulheres correndo na praia" - 1922
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  • José Pancetti

    Tela de José Pancetti
    Tela de José Pancetti
    Tela de José Pancetti

    Telas de José Pancetti


    Giuseppe Giannini Pancetti, mais conhecido como José Pancetti nasceu em Campinas, 18 de junho de 1902 foi um pintor modernista brasileiro. Considerado um dos grandes paisagistas da pintura nacional.

    Nascido numa família humilde de imigrantes da Toscana, viveu em Campinas até os oito anos, quando seu pai, mestre de obras, mudou-se com mulher e filhos para a capital paulista, onde esperava encontrar melhores condições de trabalho. Aos onze anos, José Pancetti e uma de suas irmãs, são levados para a Itália para viver sob os cuidados de um tio e dos avós.

    A Itália envolvida na Primeira Guerra Mundial e Pancetti vai para o campo, na casa de seus avós, na localidade de Pietrasanta.

    Para fixá-lo num ofí.cio, seu tio emprega-o na marinha mercante italiana onde deveria aprender a profissão de marinheiro. Embarca no veleiro Maria Rosa que percorria o Mediterrâneo, principalmente entre os portos de Gênova e Alexandria. Mas a inconstância própria de seu caráter faz com que abandone o navio e passe a vagar pelas ruas de Gênova, com sérias dificuldades de subsistência. Até que num determinado dia, alguém o encaminha para o consulado brasileiro, onde é providenciado o seu repatriamento.

    Assim, no dia 12 de fevereiro de 1920, desembarca em Santos. Para sobreviver trabalha em diversos lugares e ofícios diferentes até que, em 1921, transfere-se para São Paulo onde um empresário, também italiano, lhe dá um emprego de pintor de paredes e cartazes. Parece ter sido este o seu primeiro contato com tintas.

    Naquele mesmo ano, o pintor Adolfo Fonzari oferece a Pancetti uma oportunidade de auxiliá-lo na decoração da casa do comendador Pugliese na cidade litorânea do Guarujá.

    Em seguida, no ano de 1922, conseguiu realizar um grande desejo: alistar-se na Marinha de Guerra do Brasil, onde permaneceria até 1946. A bordo foi-lhe dada a tarefa de pintar cascos, paredes, camarotes e o fazia com tal zêlo que sua fama correu pela Marinha, até que um almirante criou um quadro de especialistas na profissão e nomeou Pancetti primeiro instrutor desse quadro. Mas, surge no marinheiro a vontade de passar para o papel aquilo que seus olhos viam. E assim começou a desenhar pequenos cartões com paisagens, marinhas, cenas românticas mostrando o seu potencial artístico.

    Em 1932, o pintor tem seu primeiro trabalho publicado no jornal A Noite Ilustrada, sob o título, “Um Amador da Pintura”. Ao ver seu desenho, o escultor Paulo Mazzuchelli, aconselha-o a ingressar no recém-criado Núcleo Bernardelli acatando a sugestão, ingressa no Núcleo Bernardelli em 1933, onde teve como principal orientador o pintor Bruno Lechowski. No Núcleo, uma escola livre que funcionava nas dependências do edifício da Escola de Belas Artes, Pancetti teria como companheiros pintores que, ao passar do tempo, viriam a ganhar notariedade como, entre outros, Edson Motta, José Rescala, Ado Malagoli, Bustamante Sá e Silvio Pinto.

    Com o quadro “O Chão” ganha em 1941, o prêmio de viagem ao estrangeiro, na recém criada Divisão Moderna do Salão Nacional de Belas Artes. Por motivos de saúde é licenciado da Marinha e não desfruta seu prêmio no exterior. Muda-se para Campos do Jordão em 1942, em busca de tratamento para a tuberculose que o afetava. Posteriormente muda-se para São João del Rey.

    A primeira exposição individual ocorre em 1945, apresentando mais de setenta quadros. Em 1948 recebe a medalha de ouro do Salão Nacional de Belas Artes, realizando sua primeira exposição internacional em 1950, na Bienal de Veneza. Um ano depois participa da I Bienal de São Paulo.

    Em 1954 recebe a medalha de ouro do Salão Bahiano e em 1955 faz uma importante exposição no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

    A 10 de Fevereiro de 1958 morre com câncer no hospital da Marinha no Rio de Janeiro. É enterrado no cemitério São João Batista da capital fluminense, tendo o poeta Augusto Frederico Schmidt proferido a oração fúnebre.

    Fonte: Wikipedia